Sabe aquele mito de que uma mulher interesseira engravida pra “obrigar o homem a casar” com ela e obter assim vantagens no conhecido “golpe da barriga’? Então, hoje vamos desmistificar quem sai ganhando nesse tal golpe. Será mesmo que vale a pena?

Primeiramente, vamos analisar os fatos. Homens nunca foram obrigados por nenhuma lei a casar com as mulheres que engravidavam. Por outro lado, se uma mulher fosse abandonada grávida, ela sofreria uma série de sanções morais da sociedade, mas o homem que abandonava não sofria nenhuma.

Mas vamos supor que numa relação consentida uma mulher engravide de um homem. Vamos lembrar que: se um homem deseja garantir que não vai engravidar uma mulher basta ele usar camisinha [tem 2% de falha, mas ainda é um dos métodos mais eficientes]. Agora se ele deliberadamente não usa o método de barreira, na qual ele quem controla o sêmen que sai do próprio pênis, ele está CONSCIENTE que pode e possivelmente vai engravidar aquela mulher. Então, dificilmente um homem será pego desprevenido com um “golpe da barriga”. Nunca é exatamente uma surpresa, esse homem sabe quando ocorreu voluntariamente o sexo com o risco de engravidar essa mulher ao não garantir ele próprio o uso de um método contraceptivo. Então assim, é válido chamar de golpe algo que tem a participação ativa da pessoa supostamente prejudicada, sabendo de forma consciente do risco envolvido? Fica com essa reflexão aí.

Mas vamos lá, ela engravidou e ele tem uma condição financeira razoável, nem precisa ser rico, será mesmo que ela está dando um “golpe da barriga” se o cara casar com ela?

Vamos analisar a realidade desse “golpe” que envolve nove meses de gestação + pelo menos 18 anos ininterruptos de cuidado emocional, físico e financeiro com outro ser humano:

Com a gravidez ela tem estatisticamente 25% de chance de ter uma depressão pós parto

Após a gravidez ela tem 50% de chance de ser demitida do emprego.

Caso se mantenha no emprego possivelmente enfrentará como 94% das mulheres, dificuldade de conciliar carreira e trabalho

Mesmo trabalhando, ela dedicará 8,2 horas a mais do dia em tarefas domésticas que o homem

Os cuidados com o bebê ficam ainda à cargo das mãe. Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015 das 10,3 milhões de crianças de 0 a 3 anos de idade no país, (8,6 milhões) delas têm as mulheres como principal responsável.

Sendo mãe, ela será julgada pela sociedade por absolutamente toda e qualquer escolha que fizer: a começar pela via do parto normal ou Cesária, amamentar ou não amamentar, livre-demanda ou 6 meses de aleitamento materno, dar ou não acesso à telas, colocar ou não na creche, deixar ou não ver televisão, deixar ou não comer chocolate, etc, etc, em todas as fases da criança até que atinja a idade adulta [e nem assim é certo estar livre dos julgamentos]

Se ela quiser ter uma vida acadêmica vai enfrentar algumas dificuldades também: Seis em cada dez pesquisadoras (59%) consideram negativo o impacto da maternidade na progressão de sua carreira, 22% consideram-no bastante negativo e 12% afirmam que não teve nenhum efeito.

Resumindo, o homem ganha casa arrumada, comida pronta e roupa lavada, crianças cuidadas 24h por uma trabalhadora não remunerada por ele, uma amante que pode também fazer as vezes de mãe, psicóloga e empregada doméstica, tudo all incluse.

E os benefícios não param por aí: o casamento pode aumentar a expectativa de vida dos homens em até 17 anos, o que garantiria aos solteiros uma chance 32% maior de morrer antes que um casado

Esse tuíte da médica Júlia Rocha exemplifica bem a situação: a vida de um homem casado e com filhos não sofre grandes abalos, ele continua a carreira dele, investe tempo e dinheiro na sua formação, consegue evoluir de cargo, e tem tempo livre pra usufruir de descanso. Já as mulheres casadas e com filhos tendem mais chances de serem demitidas e por terem o trabalho doméstico e o cuidado dos filhos nas suas costas, investem menos em sua própria carreira, e em sua formação acadêmica. Também demandam mais de sua saúde mental, pois estarão mais esgotadas. O que acontece muitas vezes é que esses casais acabam por se separar :um em cada três casamentos resulta em divórcio, e o homem estará com a vida intacta, enquanto a mulher provavelmente estará sem muitas perspectivas e quando pede a pensão [direito dos filhos] ainda vai sair de golpista… [de novo heim, parece que vemos um modos operandi aí]

Ai passamos pra questão da pensão:
O casal separa, ou nem chega a casar, mas o homem vai pagar a pensão pro filho resultante daquela gravidez.

A pensão é estipulada por um juiz, com base no que o pai pode pagar vs necessidades da criança.

O dinheiro da pensão é para as despesas da criança, não é pra mãe. Dito isso, o golpe consistiria em engravidar para criar uma pessoa por décadas e tendo dinheiro da pensão pra auxiliar essa criação apenas por 18 anos, enquanto todo o trabalho reprodutivo é feito por você: acordar de madrugada, não dormir, não ter tempo nem pra comer, se preocupar com todos as necessidades físicas e mentais da criança, alimentar, vestir, educar, brincar, enquanto também trabalha e faz atividades domésticas. O pai compartilha a guarda e pega de 15 em 15 dias e ainda sai como o melhor pai possível [até paga a pensão, o auge da paternidade!!]

Parece um golpe bem promissor né… pro homem.

O custo de manter uma criança no Brasil em um padrão de vida confortável de classe média alta pode girar em torno de R$1000- 1500 [ creche, plano de saúde, alimentação, vestuário, brinquedos, passeios, remédios, transporte, material escolar, etc] Caso a mãe precise pagar uma babá, uma pensão de R$1500 seria insuficiente para manter a criança e a babá. O trabalho de cuidado da mãe, é invisível e ela não recebe remuneração por estar 24 horas e 7 dias disponível pros filhos, o trabalho reprodutivo é visto como “natural da mulher”, então sai muito mais barato e menos desgastante um pai que paga apenas a pensão e delega toda a criação dos filhos para a mãe da criança sem precisar passar uma noite acordado cuidando.

E pra fechar com chave de ouro a mãe solo também terá mais dificuldades de entrar em um novo relacionamento

Parece que de toda forma o homem é quem sempre sai lucrando com esse tal golpe da barriga.

Afinal… quem dá golpe da barriga? Parece muito mais que é o homem.

3 COMENTÁRIOS

  1. Quanta desinformação em um texto só. Se o golpe da barriga é “mito” como vc explica os relatos das pessoas que passaram? Nem precisa ir longe pra achar também, é muito comum, se bobear tem na familia de vcs que escreveram essa página de nada, porque é isso que significa tudo que está escrito nesse texto, nada. São só mulheres sem nada melhor o que fazer tentando fazer parecer um mito um fato que ocorre na sociedade. Ao invés de falar que é mito, porque vocês não ensinam as mulheres a escolherem direito seus companheiros(as) ao invés de ficarem a vida inteira vivendo uma vida de prostituta pra depois quererem ser tratadas que nem Deusas?
    Porque vocês vivem o continho de fada de vocês, mas lá no fim do auge da mulher que é por volta dos 29 anos, ela começa a ter as opções reduzidas e se ela viveu uma vida de farra e putaria generalizada não importa como ela quer ser tratada, ela vai ser tratada como uma pessoa que vive de farra e de putaria, como nada. Porque é isso que pessoas com esse perfil são, nada. Destruíram tudo que significa familia e união. Com mulher rodada não se relaciona, falei to lev.

  2. Você vê que o site é democrático quando o comentário tem que passar por moderação 🤣 pras madames verem se eu to lambendo as botas delas ou criticando, se tiver lambendo as botas elas deixam passar kkkk

  3. Tenho uma prima que trabalhava e era boa funcionária. Casou, teve uma filha, saiu do trabalho para “cuidar da criança” não quis mais se desenvolver, não trabalha fica o dia inteiro em casa e vive da “pensão para criança”, como a lei diz é muito bonito, mas na prática a pessoa vive disso para ela, o homem, claro se separou da acomodada que achou outro trouxa para bancar ela em casa fazendo nada. O homem, claro se separou e agora tem uma mulher que procura algo na vida. Tem sim muita oportunista por ai, fato.

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